sexta-feira, maio 26, 2006

Audácia

Força
dança tímida
em tuas formas.
Olhar silencioso
difícil escolher
palavra.
Se encanta ainda,
tão nova, no fim
da vida.
Se impiedoso
te corrói
o desejo,
audaz o dedo
que te roubar
um beijo.
Ah trêmula ousadia
xingo-a, atiro-lhe
uma mesa,
imperfeita humana,
semi-deusa!
Plenos poderes,
a todo vapor,
desenha palavras,
desafia as escritas.
Certeza tamanha,
não ousa
o vento
estranha beleza
adentro.
Corpo ereto,
perfeitas curvas
me levam
abismo certo,
com pequeno
golpe leve.