sábado, julho 05, 2008

A fome ao alcance da mão

Quisera me desgrudar
do olhar
daquele desenho
perfeito pregado
no enlace da mão.
Quisera desfixar
a atenção
entorpecendo
minhas pupilas
no canto
do olhar.
O corpo fixo
duro
burro sem cura
nem culpa,
asfixiado
quisera a mão
suspirando um toque, e
despistaria o luxo.
Um sono qualquer
invade e desvia
olhar adentro.
O corpo submisso
rende-se:
cai rente à mão
faminta feito cão.

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