vivia em minha cama
acordava com o sol
irrefletido na vidraça
empoeirada
e a fumaça
névoa de café
e cinzas da noite
recordo
claro vaso
imperfeitas curvas
sorriso trêmulo
esconderijo
goteja lentamente
a vontade deixada
morta,
regalos embotados
num futuro inexistente
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