sábado, julho 05, 2008

vivia em minha cama

acordava com o sol
irrefletido na vidraça
empoeirada
e a fumaça

névoa de café
e cinzas da noite

recordo

claro vaso
imperfeitas curvas
sorriso trêmulo
esconderijo

goteja lentamente
a vontade deixada
morta,

regalos embotados
num futuro inexistente

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